Desconforto de canteiro remexido é o que atura o meu corpalma. Ele, qual terra arada e adubada, busca semente, quer abraçar raízes. Sente rompidos seus veios, removidas suas pedras, exposto ao sol e ao vento na soltura de sua maciez. O meu corpalma, sulcado por arado profundo, sabe a dor desse trabalho. Reconhece a dureza do aço que dilacera. Aceita, contudo, tais desatinos pela semente que cobiça. Para alimentar raízes. Ceder vida. Ser sustento. Fazer sombra.
É desse destino que meu corpalma sobrevive, carregado por ele através das estações da vida. Todo ele só isso!
Onaldo Alves Pereira
CRÔNICAS DE UM FUTURO IMPOSSÍVEL: #FinalDeCampeonato (S.1, EP. 2)
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*A história que segue se passa em algum momento de nossa História futura.
Dizem os astrônomos que estaremos na Era de Capricórnio, mas eu duvido de
qualque...
Há 7 anos
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