Desconforto de canteiro remexido é o que atura o meu corpalma. Ele, qual terra arada e adubada, busca semente, quer abraçar raízes. Sente rompidos seus veios, removidas suas pedras, exposto ao sol e ao vento na soltura de sua maciez. O meu corpalma, sulcado por arado profundo, sabe a dor desse trabalho. Reconhece a dureza do aço que dilacera. Aceita, contudo, tais desatinos pela semente que cobiça. Para alimentar raízes. Ceder vida. Ser sustento. Fazer sombra.
É desse destino que meu corpalma sobrevive, carregado por ele através das estações da vida. Todo ele só isso!
Onaldo Alves Pereira
CRÔNICAS DE UM FUTURO IMPOSSÍVEL: A morte da morte (S.1, EP. Piloto)
-
Hoje, nós conseguimos acabar com a morte. Nós não, um grupo de gringos com
“Dr.” antes de seus sobrenomes enormes com mais consoantes do que vogais.
Eles ...
Há 8 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário