Dizem que futebol e religião não se discutem. Aquele, porque é uma preferência que não foi construída por razões práticas; esta porque é feita de dogmas irrefutáveis, não sujeitos ao escrutínio da razão. A discussão, por seu lado, é baseada numa matemática apologética, é como um jogo de xadrez, e só consegue lidar com um espaço que permita movimentos racionais, usando peças com um valor exato.
A religião e o lúdico fogem a essa técnica, mas para os mesmos é importante criar outro método de discussão. Eles também têm que ser discutidos à exaustão, pois o seu isolamento fora das comparações e da crítica dão-lhe um privilégio perigoso. No lúdico e na religião se consolidam as piores políticas discriminatórias em nome de um certo “quê” além do exame crítico.
Essa estratégia tem como finalidade fortalecer a religião e o lúdico, mas findam por lhes baratear, tirando de ambos a seriedade e sufocando-os até a morte por asfixia. A tourada e a missa, só celebrada por padres (machos), são ambos ridículos e a sua suspensão para além da razão torna-os demônios a serem exorcizados do corpo da humanidade.
A missa masculina e a tourada são símbolos conjuntos onde cabem centenas de semelhantes “não discutíveis”.
Onaldo Alves Pereira
CRÔNICAS DE UM FUTURO IMPOSSÍVEL: #FinalDeCampeonato (S.1, EP. 2)
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*A história que segue se passa em algum momento de nossa História futura.
Dizem os astrônomos que estaremos na Era de Capricórnio, mas eu duvido de
qualque...
Há 7 anos
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