quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

“E Deus pesou a sua mão sobre a Renascer”

Renascidos, os apóstolos e bispos da Igreja Renascer, tão poderosos nas bênçãos, tanto fizeram pelos dizimistas que se esqueceram de dizimar para Deus e o Estado e, a mão divina achatou-lhes o teto.
Liberaram tanta prosperidade para o Cacá e para outras estrelas que não tiveram tempo para lidar com as minudências dos alvarás e com a honestidade técnica da engenharia. Claro que, os pequenos milagres das propinas devem ter superabundado enquanto deu, senão não teriam cegado tanta gente. Mas esqueceram-se de acertar as coisas com Deus e, aí...
Bem, creio não na conversa acima. Longe de mim um Deus que castiga, cobra dízimos ou negocia bênçãos. Deus ou destino, ou justiça, ou natureza, ou carma, nada disso explica qualquer coisa sobre tetos que desabam quando apodrecem.
É óbvio, experimentalmente verificável, que ninguém de necessário, colhe o que planta. Fosse assim, tão ingenuamente simples,“tadim” do Edir Macedo, do Papa, dos mulás e companhia! Jogar a colheita para uma “outra vida” é no mínimo eticamente duvidoso, esse sadomasoquismo só mesmo com Hollywood, e olha lá.
O fato é que, por acaso, o “caível” caiu na hora azada e machucou a miudeza dizimante. Não há explicação a não ser a técnica.
Choremos com os parentes dos mortos e cobremos das “autoridades” o cumprimento de seu dever corriqueiro, pelo que as pagamos forçadamente – pior que o dízimo é o imposto.
Punir os responsáveis pelo desastre pode até saciar os instintos mais baixos da sociedade, mas essa é uma catarse rasa, que não substitui a devida fiscalização prévia, como prevista em “lei”.
Onaldo Alves Pereira

Um comentário:

  1. O que aconteceu foi mesmo uma fatalidade mas também é reflexo do descaso, da irresponsabilidade, ganância de muitos tipos comuns na sociedade. Não acredita na justiça divina aplicada por Deus pois isso implicaria em afirmar que acredita nesse Deus que castiga ou cobra benções. Sabemos que muitos charlatães fazem uso da palavra para uso o nome dele em vão.

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