
Fui pomba branca eu sei
O que sofre a “pomba da paz”
Caçada, no cativeiro, na gaiola
Transportada com sede e fome
E, em susto permanente
Em meio à multidão, apavorada
Sou solta em lugar estranho
Ensurdecida pelos gritos e aplausos
Dos que querem só a paz
Nos estádios de futebol tem os fogos
Pipocando e soltando faíscas
Queimam as minhas asas, estressam
Os que só anseiam pela paz
Branca! Outra cor não serve
O preto da pena de outra pomba
É do mal e, soltá-la não pode
Sentem fundo, os da paz
Essa paz eu não quero, estragando
a minha paz, a que só existe
do meu jeito, cada um no seu lugar
sem ter que inventar uma outra paz.
Onaldo Alves Pereira
Ainda bem que não é a pomba gira hahahhahahhahahahhahahah
ResponderExcluirmuito bom!
não existe paz é de jeito nenhum!
ResponderExcluirhttp://historiaspraboidormir.wordpress.com/
Como sempre , maravilhoso vir aqui e ler , muito bom o que escreve.
ResponderExcluirBeijinhos!!
http://www.cgfilmes.blogspot.com/
Ah, como semnpre é ótimo vir aqui ler o que vc escreve, tem delicadez e firmeza em sua poesia.
ResponderExcluirBeijinhos!!
http://www.cgfilmes.blogspot.com/