A vida é festa, que no exaurir de forças anima um átomo e continua a crescer.
A morte? Ela não existe! Aquela biológica é apenas uma mudança de figurino para não deixar cair a festa. Festa que sobra, que ganha outros salões, que extrapola essa cena e vai longe inventando eternidades.
A morte civil, essa existe e é terrível. Ela cria zumbis, corpos negados, almas sem corpos, paladares sem sabor, regressos de dor, fome sem pão, pão sem fome, paternidade sem família e família sem gente. Inventaram a morte do corpo para domá-lo. Mataram o corpo por medo do prazer.
Aleijaram os sentidos apontando a ameaça da sepultura. “És pó” gritam, toda vez que ousamos querer mais que migalhas.
Inventaram a morte os que querem ser donos da vida e, ainda, vender lotes nos cemitérios e tudo que venha entrementes.
Como resposta aponte a festa da vida e verá que o dedo indica você mesmo, eis o endereço onde a invenção da morte rende-se, ridiculamente mentirosa e a vida acerta o passo da dança e alegra o mundo!
Onaldo Alves Pereira
CRÔNICAS DE UM FUTURO IMPOSSÍVEL: #FinalDeCampeonato (S.1, EP. 2)
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*A história que segue se passa em algum momento de nossa História futura.
Dizem os astrônomos que estaremos na Era de Capricórnio, mas eu duvido de
qualque...
Há 7 anos
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