sábado, 6 de dezembro de 2008


O picolé e a beleza
“- Coitadinho, tão bonito e vendendo picolé!”
Essa observação, tão comum e diversificada, parece sugerir que a beleza confere privilégios especiais. Que o “bonito”, de acordo com os valores estéticos de consumo em nossa sociedade, é merecedor de algo melhor que o comum das pessoas. Por outro lado, o “feio” é capaz de agüentar mais, de sofrer “naturalmente”, como se isso fosse acessório de sua “feiúra”. Essa valoração estética segundo os critérios do mercado é excludente e adoece o corpalma individual e o social, criando desequilíbrios infelizes! Para o nosso bem, precisamos devolver à beleza a sua plasticidade e surpreendente gama de nuances, para além do que ditam o mercado, a religião e a política!
Onaldo Alves Pereira

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