Chapéu
O moreno descia a ladeira, chapéu na mão. Ele vinha de légua e meia de chão. Passava o moço por cerrado tanta fruta, alguma flor. Chapéu que não era só isso.
Trazia muricis graúdos, pitangas e cajuzinhos, o chapéu.
Estendia o chapéu, encolhido num arredio ousar, o moreno: “Procê!”
Vindo à sombra de seu corpo suado, temperado pelo seu sorriso, era do campo o sabor desse bem querer: “Procê!”
Chapéu de murici
querendo beijo de pitanga,
puxando sabor de cajuzinho,
esse agrado de bem querer!
A moça percebia e ia ser a fruta do chapéu.
Onaldo Alves Pereira
O moreno descia a ladeira, chapéu na mão. Ele vinha de légua e meia de chão. Passava o moço por cerrado tanta fruta, alguma flor. Chapéu que não era só isso.
Trazia muricis graúdos, pitangas e cajuzinhos, o chapéu.
Estendia o chapéu, encolhido num arredio ousar, o moreno: “Procê!”
Vindo à sombra de seu corpo suado, temperado pelo seu sorriso, era do campo o sabor desse bem querer: “Procê!”
Chapéu de murici
querendo beijo de pitanga,
puxando sabor de cajuzinho,
esse agrado de bem querer!
A moça percebia e ia ser a fruta do chapéu.
Onaldo Alves Pereira
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