segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Nem reencarnação nem inferno cabem no amor divino

Só podemos conceber, à luz da justiça e da compaixão de Deus, este único momento de desorganização e de sofrimento, nesta manifestação da vida. Imaginar outras voltas a este estado é dizer que Deus escorregou em sua perfeição e não conseguiu criar bem. Ou, que Deus não pode fazer melhor do que isto. Ainda, que esta é a vontade de Deus, que sejamos submetidos a uma infinidade de experiências sofridas para que se complete a nossa feitura. Que o aluno repita a mesma lição à náusea!
Neste caso, ou Deus é sádico e tem prazer em nossa dor, ou é um professor fraco, que não consegue ensinar a sua lição de uma vez só. Atribuir uma infinidade de reencarnações aos mistérios do desígnio de Deus para nos fazer evoluir é uma fuga, diante do horror desta possibilidade. De qualquer forma, este método, a reencarnação, seria pior que um inferno eterno, pois retarda de forma inexplicavelmente cruel, a aplicação de um ensino, de um progresso.
Deus é amor, se não o for não é Deus, mas um demiurgo infeliz. Se havemos de experimentar o sofrimento, de sermos limitados a uma hora de confusão e de dúvida para conhecê-lo, basta um momento, uma das manifestações da vida.
Pagar dívidas? Carma? Se Deus nos cria e permite ser quem somos, o faz com uma boa razão e a responsabilidade total é de Deus, não temos culpa alguma! Não temos que sofrer em reencarnações ou ir para um inferno eterno.
Compreendendo isto, como não responder com apreciação e amor ao Amor que nos cria para sermos amados?!
Onaldo Alves Pereira

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