sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dos lábios de Deus

Dos lábios de Deus
Pendem frutas maduras
Dos lábios de Deus
Mina mel, que doçura

O convite é feito
De gentil sedução
Frutas maduras
E mel coração

A beijar esses lábios
A vida se adoça
Nos lábios de Deus
Refinado sabor

Quem sabe, bem sabe
Deus se faz em sabor
Pra ganhar nosso amor.

Onaldo Alves Pereira

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A maior autoridade

Um ser humano traz em si a dignidade de toda a humanidade. Num indivíduo está a plenitude de seu meio.
As constituições dos países democráticos reconhecem o fato de que toda a autoridade emana do povo e por ele será exercida, portanto, a maior autoridade é o indivíduo que, somado a outros indivíduos, faz o povo. Um povo só é construído quando realiza na diversidade a sua unidade. Como o conceito de povo se assenta no alicerce do indivíduo, esse é o povo de fato e, uma sociedade nunca se definirá por sua maioria numérica (de votantes, opinião, religião, moral etc), mas pela pessoa singular que tem valor absoluto e, é o resultado de todas as somas.
Daí, não é da função investida numa pessoa ou num serviço específico, que vem a autoridade ou o poder maior. A maior autoridade é sempre o indivíduo comum, despido de títulos, de cargos ou de funções, este é o chefe absoluto, o poder em pessoa.
É profundamente equivocada a idéia desumanizante de que o funcionário público, seja ele o presidente da República, seja o policial da esquina, é a autoridade maior. Esses exercem, sim, um trabalho comissionado pelo povo, seu chefe, para servir-lhe. A autoridade, nesse caso, é funcional e está no exercício do serviço, e não na pessoa ou no título que ostenta seu cargo. Desempenhando bem a função que recebeu, merece o respeito dos que lhe mandaram fazer isso e lhe estão pagando para tal. Seja ele o juiz de direito ou o varredor de rua, ambos têm autoridade na mesma medida, sendo o que desempenhar melhor a sua tarefa mais digno de sua paga e de louvor. Mesmo esses, são chefes de si mesmos, pois, como pessoas, são maiores que as funções que exercem.
Quando entendermos bem isso e o colocarmos em prática os maiores problemas do mundo serão resolvidos e acabarão as guerras – que são, na verdade, brigas de “autoridades”.
Onaldo Alves Pereira

Sensibilidades

É bom criar novas sensibilidades.
Saber ver o doutra forma imperceptível.
Dar palco ao artista, parar para ver a cena de rua.
Ouvir histórias puxando detalhes.
Saborear o prato da hora, querendo conhecer seus ingredientes e quem os preparou, desde o chão.
A cada passo, levar espertos e alertas todos os sentidos.
Isso possibilita viver de forma mais inteira e gostosa, a nossa e, a vida dos outros.
Onaldo Alves Pereira